As comissões políticas regionais dos Açores e da Madeira e “todas as distritais do PSD” manifestaram hoje “total apoio ao primeiro-ministro”, que consideram estar a ser alvo de um “feroz ataque” à sua idoneidade para causar instabilidade política.

Num comunicado enviado à Lusa e assinado pelo líder da distrital de Braga e eurodeputado do PSD Paulo Cunha, lê-se que as estruturas regionais e distritais sociais-democratas “decidiram, de forma unânime, tomar posição pública acerca da situação política nacional”, a poucas horas de Luís Montenegro enfrentar a segunda moção de censura no parlamento em 12 dias com origem na situação da sua empresa familiar.

“Assistimos a um feroz ataque à idoneidade do primeiro-ministro de Portugal. À falta de razões para atacar as políticas, ataca-se o político”, criticam, elogiando a atuação do Governo PSD/CDS-PP nos seus primeiros 11 meses.

Para as estruturas do PSD, a apresentação de duas moções de censura “num espaço de cerca de 15 dias, apresentadas pela extrema-esquerda e pela extrema-direita, a que acresce a ameaça de uma comissão parlamentar de inquérito feita pelo Partido Socialista, são sinais de uma gravíssima irresponsabilidade da oposição perante o contexto geopolítico global” atual.

“Temos um primeiro-ministro que, mais que idóneo, é exemplar na forma como se submete ao escrutínio público, na forma como presta contas ao país com total transparência, respeita as regras que regulam o conflito de interesses”, dizem, expressando “total apoio” quer a Luís Montenegro, quer ao governo que lidera.

Para as estruturas regionais e distritais do partido, “é saudável para a democracia poder contar com políticos experientes, com passado e provas dadas nos setores público ou privado, mas também com futuro, sem dependerem da política”.

“A política é um serviço e não uma profissão (…) Luís Montenegro sempre separou a sua vida profissional da política e não pode ser censurado tão só porque teve vida profissional antes do desempenho político”, defendem.

No comunicado, consideram existir “uma convergência política que une socialistas às extremas esquerda e direita, unicamente concentrados em criar instabilidade política”.

“Quando um líder partidário ainda antes de ser candidato e muito antes de ser primeiro-ministro se desvincula de vínculos societários e profissionais que, legitimamente, exercia antes de o ser e nenhum ato pratica depois de empossado na liderança do governo que possa colidir com aquelas anteriores atividades, não se consegue perceber o que de errado possa ter feito nem o que devesse fazer de diferente do feito”, consideram.

Os dirigentes regionais e distritais do PSD afirmam ainda que “é decisivo para as populações que este governo continue focado nos reais problemas dos portugueses”.

Foto de Arquivo LE

Lusa

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