Pelas mãos de Pedro Mendes, chef do Narcissus, o restaurante do Marmóris Hotel & Spa, em Vila Viçosa, nasceu uma conjugação perfeita: a excelência de uma cozinha com marca aliada à qualidade e genuinidade da Carnalentejana. E para enobrecer o evento, juntaram-se à mesa as castas produzidas pela família Carpinteiro Albino, na Herdade de Torre do Frade, criteriosamente assinadas pelo enólogo Paulo Laureano.Membro da Small Luxury Hotels of the World, o Alentejo Marmòris Hotel & Spa assume-se como um verdadeiro museu dedicado à rocha ornamental produzida na região. A qualidade da nobre pedra alentejana é bem visível em todo o hotel, cuja presença realça sobremaneira o salão onde, na noite de sábado, dia 23, se juntaram comensais convidados e hóspedes do empreendimento, entre os quais se encontravam actores e outros membros da indústria cinematográfica dedicada à produção de novelas para a TVI.Pedro Mendes, e a sua vasta equipa de cozinha, mais uma vez deslumbrou pela criatividade. O Menu Vínico viajou entre o mar e a terra, numa selecção que catapultou atenções e sentidos para uma sopa de sapateira que se apresentou coberta por um crocante de tinta de choco que lhe emprestou um sabor de outro mundo. O vinho foi o jovem e versátil Virgo, um branco com aroma intenso a citrinos com um toque floral e a fruta tropical.O brilharete das vacas que pastam nos extensos campos alentejanos veio logo a seguir num carpaccio de cor viva proporcionado por um novilho de qualidade certificada, 100% saudável e natural, proveniente de linhagem pura. O óleo de trufa que pulverizou as finas fatias conjugou-se na perfeição com outro Virgo, agora um tinto de cor intensa com laivos violeta e composto por syrah, trincadeira, alicante bouschet e aragonez. Voltámos de novo ao branco, de categoria superior, um Reserva Torre do Frade Viognier de 2016 que se envolveu com um lombo de robalo com molho de limão e algas marinhas. Que sensação! E quando se diz que o melhor se guarda sempre para o fim, eis que surge, imponente e senhorial, resguardado pela sua distinta garrafa troncocónica após um estágio integral em carvalho francês, o Grande Reserva tinto de 2008 da herdade de Torre do Frade, ele que foi medalha de ouro no passado mês de novembro, que só não ofuscou o prato que acompanhou porque quem o assinou foi Pedro Mendes que voltou aos campos do Alentejo para estufar uma língua de vaca em vinho tinto. O que o palato nos transmitiu naquele momento lamentavelmente não se consegue transmitir por palavras.Outro dos “filhos” produzidos pela elvense família Carpinteiro Albino, um reserva de 2007, “regou” os ovos moles com hortelã e muitas outras doçarias locais, entre as quais, pois claro, o sericá.
JAA

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