O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) face ao desafio de assegurar a resposta aos doentes não covid-19 está a reduzir as listas de espera para primeiras consultas das várias especialidades, revelou hoje aquela unidade hospitalar.
O HESE indicou à agência Lusa que “se reorganizou e concentrou esforços” no sentido de combater as listas de espera, tendo em outubro realizado aproximadamente 15 mil consultas, sendo que destas 3.405 foram primeiras consultas, realizadas no âmbito da redução de listas de espera.
“Médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico, assistentes técnicos e assistentes operacionais disponibilizaram-se, de forma excecional, para conseguir reforçar a capacidade de resposta hospitalar, realizando cerca de 500 consultas durante os fins de semana de outubro”, adiantou a unidade hospitalar.
O HESE explicou que “mantendo como foco a segurança dos utentes e dos profissionais”, delineou, nos últimos meses, “diferentes estratégias para garantir o atendimento e a atividade assistencial habitual, mantendo as consultas presenciais com todas as medidas de segurança”, dispersando para tal os locais de consulta por vários edifícios, recorrendo a teleconsultas e vídeoconsultas/telemedicina, em todas as especialidades em que foi possível.
A presidente do Conselho de Administração do HESE, Maria Filomena Mendes, considerou que “graças ao esforço, empenho e disponibilidade dos profissionais do hospital”, tem sido possível “aumentar a capacidade de resposta, reduzindo significativamente as listas de espera de algumas especialidades”.
“Se tudo correr como previsto, até ao fim do ano, conseguiremos mesmo cumprir este enorme desafio, apesar das circunstâncias. Até ao momento, reduziram-se de forma significativa as listas de espera de neurocirurgia, cirurgia plástica, flebologia, cardiologia, neurologia, ortopedia e estomatologia”, realçou.
De acordo com as propostas já apresentadas pelas equipas, adiantou a responsável, “espera-se, até final de dezembro, ter conseguido também a redução de listas de espera nas especialidades de cirurgia vascular, medicina física e reabilitação, otorrinolaringologia e urologia.”
“Para conseguirmos alcançar este objetivo fundamental para todos, utentes e profissionais, é essencial que os utentes colaborem e cumpram todas as medidas de segurança preconizadas quando se dirigem ao HESE, e que compareçam às consultas marcadas”, salientou.
Maria Filomena Mendes indicou ainda que “mais de 1/3 de não comparências às consultas no mês de outubro, corresponde a faltas a primeiras consultas, o que, se por um lado pode significar a agravante de uma situação clínica a necessitar de uma consulta hospitalar, por outro lado, impossibilita que outros doentes possam realizar a sua consulta mais cedo. Por isso, é muito importante que os utentes informem o hospital sempre que não for possível comparecerem por qualquer motivo de força maior”.
Segundo a presidente do Conselho de Administração, em outubro “registaram-se 750 faltas às primeiras consultas, num total de 1.892. Por isso, esta articulação é essencial para que ninguém fique sem consulta”.

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