O presidente da Junta de Freguesia de Montalvão, no concelho de Nisa, manifestou-se hoje satisfeito com a futura construção de uma ponte internacional entre Cedillo (Espanha) e aquela localidade, mas reivindica mais acessibilidades para a região.
“Esta obra significa mesmo muito para nós, desde o século passado que andamos nesta luta. Mas para nós significa muito mais a construção de uma outra ponte para a Beira Baixa, para Perais [concelho de Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco]”, disse José Possidónio, em declarações à agência Lusa.
O Governo prevê investir 110 milhões de euros em infraestruturas rodoviárias para assegurar as ligações transfronteiriças entre Portugal e Espanha, inclusive a construção de duas pontes, segundo o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), colocado na terça-feira em consulta pública.
Previstas na Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço (ECDT), acordo estabelecido entre Portugal e Espanha, em outubro de 2020, as infraestruturas rodoviárias a investir no PRR são a nova ponte entre Sanlucar del Guadiana e Alcoutim, e a ponte internacional sobre o rio Sever entre Cedillo [província de Cáceres] e Montalvão, no concelho de Nisa.
José Possidónio explicou que a construção de uma outra ponte para a região da Beira Baixa, em paralelo com a construção de uma ponte entre Cedilho e Montalvão, conseguiria “interligar” aquelas três regiões [Beira Baixa, Alto Alentejo e Extremadura espanhola].
“Se a ponte for feita [entre Cedillo e Montalvão], é verdade que vai dar muito escoamento a muitos produtos desta região de Nisa e Gavião, vem ajudar a economia”, reconheceu.
A construção de uma ligação entre Montalvão e Cedillo constitui uma das principais reivindicações dos autarcas daquela região alentejana há vários anos.
Ao longo dos anos, as populações dos dois lados da fronteira “apenas se cruzam” aos fins de semana, quando a empresa hidroelétrica espanhola Iberdrola retira os cadeados dos portões e reabre ao trânsito a ponte, situada na confluência dos rios Tejo e Sever.
As duas comunidades distam a 15 quilómetros uma da outra, mas durante a semana as populações têm de percorrer cerca de 120 quilómetros para poderem conviver ou efetuar trocas comerciais.
Em relação à construção das pontes sobre o rio Sever e o rio Guadiana, as intervenções devem ser promovidas pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo e do Algarve.
O PRR contempla um total de 833 milhões de euros para infraestruturas no sentido de “reforçar a resiliência e a coesão territorial, aumentar a competitividade do tecido produtivo e contribuir para a redução dos custos de contexto, em particular no acesso aos mercados”.
Dessa verba, além dos 110 milhões de euros para ligações transfronteiriças, estão previstos 110 milhões de euros para Áreas de Acolhimento Empresarial (AAE) e 362,9 milhões de euros para ‘missing links’ e aumento de capacidade da rede, com intervenções rodoviárias em várias infraestruturas, inclusive no Itinerário Principal (IP) 3, na EN14, na EN4, no IC35, no IP2, na EN344, na EN125, no IC2 e no IP8.
O Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, para aceder às verbas comunitárias pós-crise da covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13,9 mil milhões de euros em subvenções.
Depois de um rascunho apresentado à Comissão Europeia em outubro passado, e de um processo de conversações com Bruxelas, o Governo português colocou hoje em consulta pública a versão preliminar e resumida do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
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