Um trabalho de investigação de Catarina Portas e Tiago Salgueiro pretende ser o pontapé de saída para a requalificação da Ermida de Nossa Senhora do Paraíso em Vila Viçosa, no distrito de Évora.

O local, segundo é referido no documento, tinha associada a tradição pascal dos “guisados de borrego no campo” e da Quinta-Feira da Ascensão, em Vila Viçosa.

Para os investigadores trata-se de um monumento inserido “num contexto muito específico da localidade, que ainda permanece na história e no imaginário dos calipolenses, o que, para além do seu valor patrimonial, justifica uma acção de conservação e restauro que permita salvaguardar o que ainda resta”.

No documento, enviado à redacção, é referido o risco “eminente” de derrocada do edifício, tornando-se por esse motivo “urgente” reabilitar o imóvel e a envolvente, dando “coerência e valorizando este legado patrimonial”.

Com uma intervenção no curto prazo, de acordo com a proposta apresentada, é possível manter o carácter “genuíno e pitoresco” do conjunto patrimonial e do monumento, sendo necessária a melhoria das acessibilidades ao local, recuperar pinturas murais e proteger os últimos azulejos originais que resistiram a saques contínuos.

A Ermida de Nossa Senhora do Paraíso foi construída no ano de 1690, pelo padre Manuel Rodrigues Rebelo.

A Ermida de Nossa Senhora do Paraíso está localizada a nordeste de Vila Viçosa, pelo caminho do antigo Convento dos Capuchos, a cerca de um quilómetro e meio e junto do Porto de Elvas.

O “Lugar do Paraíso” situa-se fora da Zona Especial de Proteção do Plano Diretor Municipal de Vila Viçosa, pelo que a Ermida não consta na base de dados do SIPA.

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