O presidente chinês, Xi Jinping, esteve na passada terça-feira (dia 12 de Abril), na Zona de Desenvolvimento Económico de Yangpu, durante a sua visita à província de Hainan, no Sul do País. Ali se inteirou do desenvolvimento da referida Zona e da evolução do porto de comércio livre ali criado.

Nesse mesmo dia, dados divulgados pela Administração Geral das Alfândegas da China mostraram que o valor das importações e exportações através de Hainan cresceu de 70,28 mil milhões de yuans (cerca de 10 mil milhões de euros) em 2017, para 147,68 mil milhões de yuans (cerca de 21 mil milhões de euros) em 2021, com uma taxa média de crescimento anual de 20,4%, a segunda maior em todo o país, a demonstrar o dinamismo do referido porto, inaugurado a 13 de Abril de 2018.

Nos últimos quatro anos, o valor acumulado das importações, ao abrigo da política de “tarifa zero” de Hainan, excedeu 7 mil milhões yuans (cerca de mil milhões de euros), abrangendo produtos tão diversos como navios, iates, automóveis, aviões, materiais de produção e equipamentos fabris.

Até 2025, ali funcionará um sistema preliminar de comércio livre e focado no investimento. Espera-se que até 2035 este sistema operacional e o modelo do porto de comércio livre esteja mais consolidado. E prevê-se que até meados deste século esteja plenamente estabelecido um porto de comércio livre de grande qualidade e com forte influência internacional. De tal forma que muitos meios de comunicação social estrangeiros já consideraram que Hainan vai tornar-se no “Dubai da China”, partilhando oportunidades com todo o Mundo.

Desde a abertura ao comércio transfronteiriço até aos incentivos fiscais altamente competitivos, a conjuntura empresarial do porto de Hainan está constantemente a ser optimizada.

Nos últimos quatro anos, Hainan acumulou 8,81 mil milhões de dólares (8,17 mil milhões de euros) em investimento estrangeiro efectivo, com uma taxa média de crescimento anual de 79,4%, atraindo investidores de 126 países e regiões de todo o mundo.

Quanto mais difíceis são os tempos, mais importante é a expansão da abertura. Nos últimos quatro anos, apesar dos muitos desafios que enfrentou, tais como a pandemia de Covid-19 e a antiglobalização, a China continuou a avançar com a construção do porto de comércio livre, de acordo com o ritmo pré-estabelecido.

Isto resulta da experiência de reformas e abertura dos últimos 40 anos, mas é também um passo pragmático para ajudar a China e o mundo a desenvolverem-se, reflectindo o sentido de responsabilidade do País no contexto internacional.

É previsível que de Hainan para todo o País, uma nova vaga de abertura vá permitir ao mundo partilhar mais oportunidades na China e injectar a tão necessária dinâmica na recuperação económica global.

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