Dar prioridade à estabilidade económica em 2023, foi o tema central da Conferência anual do Trabalho Económico, que decorreu em Pequim nos passados dias 15 e 16 de Dezembro.

Os dirigentes chineses que participaram na Conferência analisaram a situação económica actual, salientando que no próximo ano se deve “procurar o progresso com estabilidade, promover a melhoria global do funcionamento económico, conseguir uma melhoria efectiva da qualidade e um crescimento razoável, prosseguindo a construção global de um país socialista moderno”. Estas declarações revelam a orientação para o trabalho económico no próximo ano e são boas notícias para o mundo.

Devido a diversos factores negativos, a economia mundial desacelerou em 2022 e a previsão para 2023 também não é optimista. As previsões do Banco Mundial para o crescimento da economia global em 2023, baixaram dos 3% de há seis meses, para os actuais 1,9%. Neste contexto, é muito importante que a China, como a segunda maior economia do mundo, mantenha sua estabilidade económica.

De facto, a economia chinesa ainda enfrenta muitos desafios, tais como um alicerce relativamente frágil para a recuperação económica e grande pressão de desaceleração. No entanto, a reunião indicou que a economia da China se caracteriza por resiliência, potencialidade e vitalidade, prevendo-se que em 2023 irá recuperar em todos os aspectos.

A reunião enfatizou a boa coordenação em diversos sectores, incluindo a melhor coordenação da prevenção e controle da epidemia com o desenvolvimento económico e social. Isso significa que a recuperação da economia chinesa poderá ser acelerada, injectando mais energia positiva na economia mundial.

A reunião enfatizou que o desenvolvimento de alta qualidade é a tarefa prioritária da construção integral da nação socialista moderna. Neste contexto, a inovação é a força motriz mais importante. Segundo o relatório de Setembro sobre índices de inovação, divulgado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual, a China está no 11º lugar, e o país não parou de avançar neste ranking nos últimos dez anos.

A reunião sublinhou também a investigação e a aplicação de tecnologias de ponta, como novas energias, inteligência artificial, produção biológica, baixo carbono e computação quântica, o que é uma boa notícia para as empresas de altas e novas tecnologias em todo o mundo.

Outro aspecto, sublinhado na reunião, foi que a China persistirá na abertura para atrair mais investimentos estrangeiros, ampliando o acesso ao mercado, promovendo a abertura de indústrias de serviços modernos e concedendo tratamento nacional às empresas com financiamento estrangeiro.

Foi também afirmado que a China irá promover a adesão a acordos económicos e comerciais de alto nível, como o Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Trans-Pacífico e o Acordo de Parceria para a Economia Digital.

Com uma população de mais de 1,4 mil milhões de habitantes, um PIB per capita de mais de 12 mil dólares e uma quota de despesa de consumo final do PIB que se manteve acima dos 50% durante 11 anos consecutivos, a China é o mercado consumidor mais promissor do mundo. A expansão da procura interna da China irá certamente proporcionar mais oportunidades para empresas de todo o mundo entrarem no mercado chinês e ainda “fazer do mercado chinês um mercado para o mundo, um mercado de partilha e um mercado para todos”.

“O desenvolvimento da China não pode ser separado do mundo, e o desenvolvimento do mundo também precisa da China”. Esta Conferência procurou mostrar ao mundo a resistência da economia chinesa, o potencial do mercado, o dinamismo da inovação e o vigor da abertura, concluindo: “À medida que a modernização da China vai avançando, o mundo irá dispor de mais oportunidades, vantajosas para ambas as partes”.

Conteúdo Institucional CMG.

Artigo publicado em parceria com a Associação Portuguesa de Imprensa

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