A Fundação UNITATE, com sede em Vila Viçosa, no distrito de Évora, vai criar um espaço para dar suporte ao setor da Economia Social, num edifício que adquiriu no concelho vizinho de Borba, foi hoje divulgado.
Em comunicado, a Fundação UNITATE, instituição particular de solidariedade social (IPSS) de âmbito nacional focada no desenvolvimento da Economia Social, indicou que a escritura de compra e venda do imóvel foi feita hoje de manhã em Lisboa.
Segundo a instituição, o complexo, com uma área total de 45.000 metros quadrados e localizado perto de Borba, junto à Estrada Nacional 4, vai constituir-se como “o primeiro campus de todo o mundo dedicado ao setor social”.
A fundação adiantou que pretende instalar no novo complexo o Instituto de Formação para a Economia Social (IFES), um centro de congressos e um espaço dedicado à Economia Social, com biblioteca, zonas de exposição e espaços de ‘coworking’.
Uma incubadora social, um laboratório de inovação social, uma escola de respostas sociais, um centro de consultoria em responsabilidade social e uma área de restauração são outras das valências previstas para o espaço.
Contactado pela agência Lusa, o presidente da Fundação UNITATE, Tiago Abalroado, explicou que no edifício funcionou o Centro Tecnológico da Pedra Natural de Portugal (CEVALOR), que encerrou em 2016, e uma empresa de artigos de desporto.
“Comprámos o edifício por 800 mil euros”, com recurso a financiamento bancário na ordem dos 680 mil euros e o restante com fundos próprios, salientou.
O responsável referiu que o futuro complexo, com 6.700 metros quadrados de área construída, vai passar a designar-se “UNITATE Campus” e que o centro de formação do IFES, criado pela fundação em 2020, ficará ali sediado.
“O espaço tem auditório, salas de formação e um grande potencial. Temos ali condições para que seja o embrião daquilo que poderá ser, no médio prazo, a Universidade do Setor Social em Portugal”, sublinhou.
Tiago Abalroado admitiu que o edifício agora comprado pela fundação “precisará de intervenções de beneficiação”, prevendo que os trabalhos de remodelação possam ser feitos “gradualmente em função da concretização dos projetos”.
“Queremos captar o interesse dos diferentes atores públicos e privados para, eventualmente, desenvolvermos parcerias e, quem sabe, vias de financiamento a determinados projetos em concreto”, acrescentou.

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