O presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, revelou hoje ter sido informado do adiamento para o final de 2024 da conclusão das obras do novo Hospital Central do Alentejo, em construção na cidade.
“Não acreditei naqueles prazos que foram dados, porque pareciam manifestamente impossíveis de cumprir”, afirmou o autarca, durante uma conferência de imprensa dos presidentes de câmara da CDU no distrito de Évora sobre o setor da saúde.
O autarca lembrou que estava previsto que a empreitada do novo hospital terminasse no final deste ano ou no início do próximo, mas, pelo que lhe foi agora transmitido, a conclusão da obra “foi adiada para final de 2024”.
“Não fomos informados sobre os motivos, mas o atraso terá a ver com o andamento da obra”, disse, referindo que o novo prazo foi-lhe comunicado por responsáveis da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo e do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE).
Contactada hoje pela Lusa, a presidente da ARS do Alentejo, Maria Filomena Mendes, limitou-se a confirmar que “a empreitada vai estender-se por mais alguns meses” do que o previsto, escusando-se a apontar uma data concreta.
Este atraso, explicou a responsável, está relacionado com “circunstâncias que acabaram por ter impactos nas obras e que têm a ver com a pandemia [de covid-19], o aumento da inflação e dos custos dos materiais de construção e a guerra na Ucrânia”.
Na conferência de imprensa, Carlos Pinto de Sá contou que, numa das mais recentes visitas que fez à empreitada, foi indicado que “a obra estava ao nível dos 20% de execução” e foi referido que agora “haveria um salto muito significativo” nos trabalhos.
“Em rigor, continuamos com algumas dúvidas de que, no fim de 2024, a obra física possa estar concluída”, argumentou o autarca.
Ainda em relação ao novo hospital, Pinto de Sá mostrou-se preocupado com a construção das acessibilidades e da rede de saneamento para servir a futura unidade.
As verbas definidas num protocolo assinado entre a câmara e o Governo para a construção dessas infraestruturas “precisam de ser corrigidas”, já que o valor que consta no acordo “é cerca de metade” dos cerca de 11 milhões de euros necessários, realçou.
Por outro lado, alertou, “continuam por se fazer as expropriações e a tomada de posse dos terrenos” privados onde vão ser construídas as acessibilidades e, sem isso, “não é possível fazer a obra”.
Manifestou ainda preocupação com “um despacho do Governo que remete para o HESE a responsabilidade” da aquisição dos equipamentos para o novo hospital, frisando que “não há verbas no programa regional [Alentejo 2030] para garantir o avanço desse concurso”.
“Podemos ter um atraso muito significativo na aquisição dos equipamentos para o hospital”, advertiu, acusando o Governo de “tentativa de desresponsabilização” esta decisão.
Questionada sobre as acessibilidades e infraestruturas, a presidente da ARS do Alentejo disse ver com “preocupação o facto de o concurso ainda não ter sido lançado”, defendendo que a posse dos terrenos pode resolver-se até à consignação da obra.
“Poderá até haver aquisição amigável, que é o que está em curso com os proprietários dos terrenos”, referiu Maria Filomena Mendes, observando que “a maior proporção do terreno é do Estado”.
Sobre a eventual necessidade de revisão dos valores para as infraestruturas, disse que “existe o compromisso por parte do Governo de atender a essa questão”.
O autarca de Évora declarou também hoje aos jornalistas ter dúvidas sobre as vantagens da criação de uma Unidade Local de Saúde (ULS) para o Alentejo Central, que disse estar em marcha, alegando temer que isso signifique “uma centralização de meios”.
Nem o encontro, em que também esteve presente Sílvia Pinto, presidente da Câmara de Arraiolos, Pinto de Sá apontou ainda falhas nas extensões e centros de saúde e no HESE, por falta de profissionais, e exigiu ao Governo “medidas estruturais para a salvaguarda e reforço do Serviço Nacional de Saúde”.
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